Esta
palavra deriva do grego, Homoios= semelhante e Pathos= sofrimento.
É
um sistema médico, terapêutico, baseado na lei natural de cura” similia
similibus curentur” ou seja semelhantes curam semelhantes.
Este
método científico tem princípios fundamentais, leis e bases que tanto
diferenciam da medicina convencional, a Alopatia, onde o que importa é o
diagnóstico da patologia em questão.
Na
Homeopatia temos uma visão global do ser humano, onde o que importa é a essência
básica de cada indivíduo.
Lembrando
dos primórdios da medicina, vemos Quiron, que segundo a mitologia era um
centauro, um ser imortal que possuía uma ferida nas costas.Em função do seu
sofrimento, passou a procurar um meio para sanar sua dor através de ervas;
nesta busca , percebe que muitas ervas poderiam aliviar sua dor , e que outras
poderiam aliviar a dor de outras
pessoas( provavelmente nasceram daí os primeiros remédios).
Posteriormente
surgiu Esculápio-Deus da Medicina
Hipócrates-
Pai da Medicina, que observa os pacientes como um todo, e dizia:
“ A
doença é produzida pelos semelhantes e através dos semelhantes o paciente
retorna a saúde”
Galeno
cria a lei dos contrários.
Paracelsius-
Expõe a similitude entre as plantas e as doenças a serem curadas .
Hahnneman-
( Christian Samuel Hahnneman) , fundador da Homeopatia, nasceu em 10/04/1755,na
Alemanha, e faleceu em 02/07/1843 em Paris.
Ele
fundamentou a Lei dos semelhantes como um método de tratamento e experimentos
no homem SÃO( não em doentes ou animais).Das suas inúmeras contribuições o
maior e mais polêmico motivo de glória foi e é até hoje a descoberta do poder
medicamentoso contido nas doses mínimas dinamizadas de substâncias consideradas
farmacologicamente inertes.
Vida
e obra:
Hahnneman
era filho de um comerciante de porcelanas e apesar de vir de uma família
humilde, era muito inteligente, falava vários idiomas, e passou grande parte de
sua vida traduzindo livros. Com isso conseguiu cursar uma faculdade de medicina
( com o dinheiro de suas traduções, pagava os cursos), já formado, por volta
dos 26 anos, entrou em um conflito pessoal, por não se adaptar as técnicas
convencionais praticadas naquela época, e decide abandonar a medicina, voltando
a se dedicar a traduções de obras médicas. Ao traduzir uma obra científica que
falava sobre a China officinalis( um medicamento usado no tratamento da
malária) , inconformado com as propriedades atribuídas pelo autor a esta planta
, passou a experimentar a droga em si mesmo e em seus familiares. Observou que
a substância tinha efeitos toxicológicos e que em pequenas doses, repetidas
vezes, produzia sintomas semelhantes aos da febre que era capaz de curar.
A
data considerada como nascimento da Homeopatia, é de 1796, quando ele lançou um
livro que falava de suas descobertas; 5 anos depois( 1801) nasceram os
primeiros medicamentos homeopáticos- ele fazia diluições progressivas com
sucções concomitantes e com isto os medicamentos passaram a ter outras
qualidades, que a ciência procura até hoje explicar.
Em
1810, publica o Organon da arte de curar, onde deixa para a classe médica um
novo método terapêutico. Escreve muitos outros livros e ao mesmo tempo em que
era conhecido pelas curas milagrosas, muita vezes era chamado de
charlatão.Passou a ter discípulos que nele confiavam, e muita substâncias foram
testadas nesta época. Muitos colegas médicos o combatiam e em virtude das
inúmeras pressões que sofria, aceita o convite de um duque para mudar de cidade
e continuar seus estudos.
Por
volta dos 80 anos, conhece uma jovem francesa, de 25 anos( Melanie), que estava
muito doente e o procurou para tentar uma nova forma de tratamento para seus
males. Eles se apaixonaram, casaram, e foram para a França( centro da medicina
naquela época), onde Hahnneman ficou conhecido mundialmente através de seu
método terapêutico.
Em
Paris, Hahnneman efetua curas ditas milagrosas, até mesmo em pacientes
considerados incuráveis pelos alopatas. Ele passou a ser questionado por muitos
médicos, e na tentativa de atrapalha-lo muitos tornaram-se homeopatas.
Hahnneman
vem a falecer aos 88 anos em Paris (02/07/1843), onde estão seus restos
mortais.
Dra. Myrian Marino
Martins Soares
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