Engraçado como recebemos do Universo, tudo aquilo que precisamos... na hora certa, no local certo, das pessoas, certas... Nos últimos dias desde o início desta semana, tenho vivido situações , inclusive familiares, que me levaram a pensar repetidas vezes neste tema- O Melhor.
Em alguns momentos cheguei a pensar que estivesse desconectada da tal " realidade", porque ando rodeada de pessoas que vivem a " ilusão" da necessidade deste " O melhor". Como atraimos para nosso campo, tudo o que ainda precisamos liberar em nós, senti que talvez este fosse um padrão que cresci ouvindo durante minha infância e adolescência, e que de um jeito ou de outro, " incorporei" nos meus sistemas... só que algo vem " derrapando" neste condicionamento, e só depois de muitas ferramentas psicoemocionais para me libertar deste peso, consigo hoje experienciar outras frases- não quero SER O MELHOR, não quero TER O MELHOR, porque em essência, não é isto que me define como SER HUMANO... é muito mais que APENAS isto.
Assim é que replico abaixo um Email que recebi hoje, de um amigo, e que faz sentido para minhas reflexões, e quem sabe , as suas.
Paz e LUZ!
Estamos obcecados com com o " melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só
queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o
melhor emprego, a melhor dieta, a melhor
operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros
pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal,
estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de
dias ou de horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de
repente, nos parece superado, modesto, aquém
do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que
passamos a viver inquietos, numa espécie
de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque
estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter
mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros
(ah, os outros...) estão vivendo melhor,
comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores
salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de
preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre
com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com
tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na
empresa e assumir o cargo de chefia que
vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da
empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com
o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e
vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser
aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado
pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor
tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de
alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais
felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro
não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo....
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das
histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente
prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a
gente nem percebeu?
Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em
Letras e doutora em Comunicação, em Londres.
Apesar disso, optou por viver uma vidinha mais simples,
em Belo Horizonte...Segue um ótimo texto dela, um bom momento de reflexão a
todos.
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só
queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o
melhor emprego, a melhor dieta, a melhor
operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros
pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal,
estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de
dias ou de horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de
repente, nos parece superado, modesto, aquém
do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que
passamos a viver inquietos, numa espécie
de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque
estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter
mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros
(ah, os outros...) estão vivendo melhor,
comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores
salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de
preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre
com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com
tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na
empresa e assumir o cargo de chefia que
vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da
empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com
o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e
vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser
aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado
pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor
tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de
alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais
felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro
não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo....
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das
histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente
prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a
gente nem percebeu?
Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em
Letras e doutora em Comunicação, em Londres.
Apesar disso, optou por viver uma vidinha mais simples,
em Belo Horizonte...Segue um ótimo texto dela, um bom momento de reflexão a
todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário