Aqui, neste espaço, costumo compartilhar artigos que ecoam em mim, e que podem fazer parte de vocês... Tenho tido a oportunidade atraves de palestras abertas, falar sobre as Ecolhas que cada um é convidado a fazer na vida para ir em busca de seus sonhos; falar da necessidade da Reforma Íntima e Transformação Interior ; do desapego dos Padrões que nos limitam e da necessidade de deixa-los ir... então o Universo que nos brinda a cada instante, nos sinaliza com idéias semelhantes de colegas que como eu vivenciam este momento.
Deixo aqui, este artigo que li esta semana. Quem sabe possa também te ajudar .
Vivemos sempre em dúvida de que caminho seguir, qual não, e para realizarmos nosso livre arbítrio, sempre nós nos baseamos nos valores e crenças que recebemos dos pais e da sociedade. Mas estes valores, muitas vezes simples, são envoltos em muitas parábolas, que os deixam complicados e acabamos nos perdendo na forma e não no conteúdo.
Ficamos presos aos valores éticos, aos religiosos, entramos nos conceitos da possibilidade da reencarnação que o espiritismo propagou, e com isto assumimos termos um carma que passa de vida em vida.
Cada vez mais, então, somos presas da autoculpa que na realidade é o medo de ter magoado ou vir a magoar alguém, e colocamos um peso enorme quando erramos em uma ação, de forma que amarramos nosso desenvolvimento, por não se acreditar merecedores do bem que a nós vem.
Porém, podemos reduzir o conceito de carma a uma simples lei física, uma vez que somos um campo energético-material, a cada ação corresponde um resultado, e se você estiver se movendo conforme o fluxo energético do Universo, o que é seu caminho, as coisas serão fáceis e tranqüilas, mas, se tivermos opondo resistência de alguma forma ou quisermos determinar para onde temos que ir, a energia reagirá tentando manter-nos no caminho, criando o conflito.
Como um rio, as águas mansas o seguem para seu destino, fluindo se não houver obstáculos, no entanto, as pedras que ficam no caminho são lapidadas para seu ponto de menor resistência, e num rio, é onde existem pedras que temos corredeiras e o fluxo se torna caótico. Temos o livre arbítrio de sermos água fluídica, ou pedras duras na vida.
Podemos, desta forma, simplificar o conceito de que estar no Bem é seguir o fluxo energético (dharma), na busca da organização, e estar no mal é ir contra ele, criando um caos na energia (carma).
Mas, como podemos perceber que estamos indo contra o fluxo no qual deveríamos ir?
Basta olhar para nossa vida, se ela flui ou está travada. E em que área temos problemas.
Estamos encarnados em um mundo de formas, de contrastes, da dualidade energética, que servem para que desenvolvamos nossa sensibilidade, ou seja, trabalhemos nosso lado emocional e sensorial. Porém, fomos ensinados desde crianças, pela lei da sobrevivência do mais forte e mais esperto, que nosso caminho evolutivo deve ser pelo intelecto, e criamos um monte de regras que se tornaram normais, mas não tem nada de natural. Pela história, sabemos que Atlântida e Lemúria seguiram pelo caminho do desenvolvimento do poder mental, e foi uma civilização que chegou ao fim pela autodestruição.
Cabe a nossa atual civilização, não seguir o mesmo caminho, já que conhecemos o resultado, e sim evoluirmos pelo sentimento.
Pela mente, nunca conseguiremos fazer conexão de nosso Espírito, pois estamos presos manipulando a matéria, mas pela emoção positiva, poderemos modificar nosso campo energético, purificando sua irradiação, de forma que possamos acessar um nível vibratório diferente.
Sabemos que a mediunidade, a paranormalidade, são decorrentes de estarmos despertos ao nosso campo energético, então, nos cabe a aprender a usá-lo, como fizemos um dia, crianças no lidar com o mundo material e social.
Temos uma inversão de valores, a mente, nossa parte material, é quem acreditamos que comanda nossa vida, quando na realidade, quando nosso corpo o deseja paralisa a mente, nos deixando doentes ou mesmo através de um desmaio.
Somos um espírito que tem sua parte mais densa manifestada, e não um corpo que tem em algum lugar (externo) um espírito. Na realidade, nosso corpo é só a ponta do iceberg, o visível, enquanto nosso espírito é todo ele, principalmente a parte submersa.
Porém, vivemos como se só o que existe é a parte visível, e nos negamos a entrar em contato com nossa parte inconsciente, mas, na realidade, é ela que comanda nossa vida.
Neste caso, só estaremos seguindo nosso caminho. No dia que abrirmos nossa sensibilidade para que ouçamos nosso próprio espírito, comecemos a levar a Luz do autoconhecimento para as trevas daquilo que negamos em nós, e ao ouvirmos nossa alma, paramos de deixar que o mundo se imponha a nós, e sim que nós nos coloquemos no mundo, assim como somos de verdade e não como os outros querem que sejamos.
Dizer que Eu sou o que Sou, e bancar esta postura, é o mesmo que se assumir como um Ser integral, corpo e espírito, e não apenas uma máscara pintada para agradar quem a vê, pois nos é conveniente.
Estar no bem, torna-se estar vivendo a favor de si mesmo, da vida plena, e estar no mal é estar abrindo mão da própria vida para viver o que os outros desejam para nós.
Temos que lembrar, que se acreditamos na reprogramação carmica entre vidas, teremos que prestar contas daquilo que fizemos de nossa vida, e não o que fizemos pela vida dos outros, pois não podemos dar a ninguém aquilo que não temos em nós mesmos.
Muitas vezes nos consideramos sem forças, inseguros para nossas próprias coisas, mas, no entanto, cuidamos de toda a família com energia e determinação. Se pudermos ser generosos com os outros, não seria primeiro nossa obrigação sermos generosos conosco mesmos, já que nos dois momentos cruciais de nossa vida, o nascimento e na morte, percorremos sozinhos?
Existe enorme diferença em fazer pelos outros o melhor, porque eu assim desejo e posso, e fazê-lo por que eles desejam, como se estivéssemos comprando seu amor, por estarmos ajudando-os eles nos devem uma contrapartida.
Quando estivermos vivendo nosso melhor para nós, automaticamente, teremos o nosso melhor para dar aos que amamos.
Porém, se não vivemos nosso potencial, nada teremos a oferecer, só uma imagem, sem conteúdo, que com o tempo as pessoas se cansam.
Não poderemos mostrar nossa alma, como é bela, e plena, se não soubermos onde e com quem ela está, se estivermos ocos.
Uma pessoa vazia não tem o que oferecer, mas uma pessoa integrada, tem sua alma para auxiliá-la a ajudar a alma do outro a se manifestar e se bancar, pois teremos a adaptabilidade e fluidez da água necessária para entender a linguagem do outro, e não seremos a pedra dura e inflexível, que apenas lhe indica o caminho que nós foi ensinado como sendo o melhor.
Integrados com nosso espírito, responsáveis pelo nosso campo energético, com a sensibilidade e conexão desperta, estaremos aptos a criar nossa própria realidade, sem culpa, temores, magoas, poderemos alterar sempre que assim desejarmos mudar nossas crenças e valores, obtendo sua essência, e jogando fora os trapos que não mais nos servem.
Se nos aceitarmos como seres em constante treinamento evolutivo, e que é pela experienciação que envolve erros e acertos que se cresce espiritualmente, podemos errar, sem com isto carregarmos o peso do carma como se ele fosse um homem rígido nos apontando o dedo no nariz, mas sim como simplesmente parte da bela experiência de viver.
A vida é plena por si só, se seguirmos nosso coração com consciência de estarmos seguindo as leis universais, dedicando-nos a conhecer nossos próprios potenciais, nossa vida fluirá facilmente, pois estaremos seguindo o fluxo que a vida nos reserva...
por Ingrid Monica Friedrich -